AIDS e DSTs

Lamber cu pode trazer riscos à saúde?

Você quer fazer um sexo anal gostoso e pretende lubrificar o anus de sua(seu) parceira(o) dando uma lambidinha básica? Ou quer simplesmente intensificar o sexo oral e explorar outras cavidades? O sexo oral anal, ou simplesmente lamber o cu, existe desde que o homem é homem. Muito antes do beijinho no ombro o chamado beijinho grego já alimentava e estimulava as relações sexuais mais diversas possíveis. Dizem que o homem primata, por sua posição curvada, com as mãos no chão, abusava muito dessa prática. Mas o que nos interessa é o homem atual: em tempos de DSTs, HIV, Escherichia coli, HPV, gripe suína, câncer de reto, salmonelas e diarreias, é seguro encostar a língua no cuzinho? 

Vamos com calma! O anus pode ser, de fato, um ambiente um tanto inóspito. A regra inicial de qualquer explorador anal é fazer um reconhecimento de campo. Quando você vai comer um cachorro-quente de rua, é bom antes dar uma averiguada superficial nas condições higiênicas do local, certo? Se ver uma barata andando pelas ervilhas, um ovo de codorna escuro, é bom se afastar e procurar outro vendedor. Com o cu é a mesma coisa. A olho nu muita coisa pode ser detectada, então verifique as condições locais: todo cu possui vestígios de fezes, mas você não precisa vê-los, correto? Coliformes fecais visíveis é sinal de que o lugar pode ser barra pesada. Feridas também não caem bem, podem indicar infecções e má higiene.

Ao se aproximar do amigão, dê uma cheiradinha. Nada explícito, por favor, como se fosse um cachorro de rua. Um cu limpo e saudável possui um cheiro bem aceitável. Se algo ruim emanar do grandioso túnel, é bom pegar o primeiro retorno que encontrar.

Colocar um dedinho também pode ser uma boa. Passe o dedo na boca, para ele entrar com mais facilidade, e enfie-o no buraquinho. Se ele voltar sujo, é sinal de que o canal está um pouco entupido e talvez seja bom manter distância.

Se tudo aparentar estar OK, talvez o sinal esteja de fato verde então é só segu em frente. Mas tome cuidado: ao lamber o cu, tente não ser muito invasivo. A língua deve passear em torno do anelzinho e, no máximo, entrar um pouco. Enfiar o linguão lá dentro talvez te ajude apenas a descobrir o que a pessoa jantou.

Após o ato, não deixe de escovar os dentes. Um enxaguante bucal também não é uma má ideia. Recomendação: evite que a pessoa perceba que você está limpando a boquinha por causa do cuzinho dela. Ela pode não ficar feliz.

Caso você tenha preguiça disso tudo ou seja uma pessoa muito precavida, ainda há solução, não se desespere. Você pode usar uma camisinha de língua. Isso mesmo, elas existem. E nós temos um artigo sobre elas! Confira aqui.

Diferentes opiniões e dicas sobre camisinha feminina

À primeira vista, os preservativos masculino e feminino não tem muita diferença. Ambos feitos de látex, funcionam como uma barreira para os microorganismos causadores de doenças e como contraceptivo. Mesmo assim, o uso da camisinha feminina é bem menos freqüente do que o da masculina. Talvez isso deva-se ao fato de que ela é maior e mais trabalhosa para ser colocada. Veja o método correto na imagem ao lado.

Muitos homens não gostam do preservativo feminino. Em sites de relacionamento e fóruns na internet é comum vê-los falando que ele tira mais a sensibilidade que a camisinha masculina. Além disso, reclamam que o sexo fica um pouco “desajeitado”, e que com a masculina a mobilidade do casal é melhor na hora da transa.

Mas há também casos em que o preservativo feminino é aprovado pelos homens, como comprovaram depoimentos em pesquisas feitas em São Paulo feitas com portadores de HIV. Alguns apontam comodidade no uso:

1. “Não aperta o pênis”
2. “Gosto muito, porque tenho problema para colocar a masculina, ela me aperta muito, chega a doer”.
3. “Com a camisinha comum você já tem que ter aquele período prá já estar preparado, agora com a da mulher não, a mulher já vem... colocada. Então você não precisa se preocupar, mesmo com meia bomba funciona”.

Dicas para o uso do preservativo feminino:

- Coloque mais lubrificante quando:

• O pênis não se movimentar livremente para dentro e para fora.
• O anel externo estiver sendo empurrado para dentro da vagina.
• O preservativo estiver fazendo barulho durante a relação.
• Quando ainda é possível sentir o preservativo, mesmo quando o estiver adequadamente inserido.
• Quando o sair da vagina durante a relação sexual.
• Adicione mais lubrificante na parte interna da bolsa ou no pênis.

- Retire e use uma camisinha nova quando:

• O preservativo rasgar no momento da colocação ou durante a relação sexual.
• O anel externo for empurrado para dentro da vagina.
• O pênis penetrar por fora do preservativo.
• O preservativo se enrolar dentro da vagina.
• A cada nova relação sexual.

Diferenças a parte, a proteção tanto da camisinha masculina e feminina é comprovada. Por isso, sempre é bom ter uma delas a mão. Nunca se sabe quando você vai precisar.

Pode-se contrair HIV no sexo oral?

Sim. As chances não são tão grandes quanto no sexo vaginal e principalmente no anal, mas pode contrair-se o HIV pelo sexo oral, também conhecido como boquete, felação, chupeta e outros. O fato é que a transmissão do vírus acontece quando ocorre contato entre o sangue infectado e o não-infectado, e isso pode ocorrer durante o oral. A boca pode ter feridas, mesmo que muito pequenas, causadas pela mastigação, escovação ou simples atrito entre os dentes e a mucosa bucal. Essa pode ser a porta de entrada do vírus. Por outro lado podem ocorrer também microfissuras no órgão sexual durante o sexo oral. Quem nunca passou pela situação de um dente arranhando o local inesperadamente? Só esta microlesão também seria capaz de transmitir o HIV.

Preservativo para língua

Como evitar? O ideal é sempre fazer o sexo oral com preservativo. Já existem camisinhas, tanto masculina quanto feminina, com sabores, para evitar que o gosto do látex incomode. No caso do sexo oral feito no homem, usar uma camisinha mais fina, como as chamadas “sensitive”, “ultra-fina” e outras, ajuda para que o pênis tenha sensibilidade necessária para um bom sexo oral. No caso do sexo oral feito na mulher, há as camisinhas próprias para o ato. Sim! Elas servem como uma capa para a língua, e algumas tem até textura, melhorando ainda mais a sensação da mulher. Em casos de aperto, especialistas recomendam o uso de um filme plástico por cima da vagina. É estranho, mas uma solução segura que pode evitar tanto o HIV quanto outras DSTs.

Papel filme: uma boa opção de improviso